Romance

 Os romances têm o poder de nos transportar para outra existência e nos fazer ver o mundo por outra perspectiva. Quando se está entretido em um romance, incapaz de desviar os olhos da página, está-se vendo que o personagem vê, tocando o que ele toca, aprendendo o que ele aprende. Podemos pensar que estamos sentados no sofá da sala de estar mas partes importantes de nós – os pensamentos, os sentidos, o espírito – estão em outro lugar, totalmente diferente.

‘Ler um escritor é, para mim, não apenas ter uma ideia do que ele diz, mas partir com ele e viajar em sua companhia’, disse André Gide.

Ninguém volta igual de uma viagem como essa.

ler

Ella Berthoud [e] Susan Elderkin     em      Farmácia Literária .

Imaginação

Um artigo interessante no site francês Nos Pensées lembra o que acontece com o cérebro quando lemos.  Diante de uma cena bem descrita à medida que lemos, vamos construindo, com o vocabulário imagístico que já possuímos e auxiliado pela descrição no livro, um mundo nosso, paralelo.  O cérebro não distingue entre a experiência vivida e aquela que adquirimos através da leitura. Por isso nos enriquece. Adquirimos experiências além daquelas que vivemos. Ou seja, ler é viver.  Não é muito diferente de quando vemos um filme.  Mas é conhecimento mais profundo, íntimo, que afeta e modifica o cérebro.

O que acontece com um personagem é espelhado no nosso cérebro. Vivenciamos aquilo por que os personagens passam. A leitura ativa a imaginação, modificando o cérebro nos mesmos locais que seriam ativados caso fôssemos nós, na vida real, a passar pelo que os personagens passam. Com isso aumentamos também a nossa capacidade de entender as pessoas e a nossa empatia.

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peregrina cultural