com o infinito nas mãos

Abrir um livro é correr o risco de encontrar o infinito. Ter ao alcance da mão, nos limites da página, o sem-limites.E de que outro modo poderíamos nós encontrar o infinito senão no finito? Mensurável, palpável, visível. Nesse espaço aberto e branco da página, nas suas dobras, pode surgir o sem princípio, nem fim, nem centro : o Livro infinito. Liberdade que é também desorientação : perdem-se as certezas e as referências habituais; os caminhos e sentidos bifurcam-se ; a noite cerca-nos. Uma espécie de cegueira : o livro abre uma obscuridade essencial. A dos novos começos.

Leave a comment